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Showing posts from March, 2015

Consumidores

Num certo momento, os velhos partidos europeus deixaram de tratar os seus eleitores como potenciais militantes, e passaram a tratá-los como uma espécie de consumidores, a quem prestam serviços por meio do Estado Social e da gestão da economia. Previsivelmente, os eleitores começaram a comportar-se como quaisquer consumidores, mudando de fornecedor quando o serviço não lhes parecia satisfatório. Tal como num ambiente comercial, também passou a haver espaço para novas empresas com propostas aparentemente mais atraentes. - https://observador.pt/opiniao/podemos-imaginar-as-democracias-sem-partidos-democraticos/

O Funil

Sempre pensei na vida como se fosse um funil. As pessoas começam nas bordas do funil, têm imensas possibilidades e depois, à medida que envelhecem, o círculo é cada vez mais pequeno, até que saem pelo cano fora… As possibilidades estão todas lá, ao princípio. Mas a vida é mesmo uma diminuição das possibilidades. As pessoas têm sempre de escolher e quando escolhem, perdem sempre alguma coisa. [ Vasco Pulido Valente (2000)]

Fahrenheit 451

[review of the book Fahrenheit 451 (1953), by Ray Bradbury] A society can be a dystopia and doesn't know it: maybe, it doesn't even care! Montag, Fahrenheit's improbable hero, isn't concern with some ruthless political elite, he just wants to rouse his wife, himself and ultimately, his technologically advanced community, from theirs intellectual alienation. His awakening is a thrilling story, full of powerful metaphors and a perfect climax. Ray Bradbury's novel has a chilling resemblance to today's screen obsessed civilization. [Quotes] More pictures. The mind drinks less and less. Impatience. Highways full of crowds going somewhere, somewhere, somewhere, nowhere. If you don't want a man unhappy politically, don't give him two sides to a question to worry him; give him one. Better yet, give him none. Cram them full of non-combustible data, chock them so damned full of "facts" they feel stuffed, but absolutely "brilliant" wit

Fine-tuning a Multiracial Society

[Same race, no racial discrimination, no problem] Roughly once a week over the past eight years, Philadelphia police officers opened fire at a suspect. Almost always, the suspects were black. Often, the officers were, too. The statistics were laid out in a Justice Department report, which does not allege racial discrimination. When federal investigators looked at the race of the officers and the suspects, they found no statistically significant difference in the outcomes: 85 percent of victims and perpetrators in Philadelphia are black. [ NY Times ]

Tribalização

Não sei quando as comunidades chegaram às notícias mas constato que elas não param de se reproduzir. Cada vez há mais comunidades. Temos a comunidade africana. A comunidade chinesa. A comunidade cigana… A estas comunidades de base étnica juntam-se comunidades religiosas, como a comunidade islâmica e a hindu ou comunidades definidas a partir do sexo como é o caso da comunidade homossexual. Cada uma destas comunidades subdivide-se em outras comunidades e assim sucessiva e antagonicamente pois uma das características do mundo comunitário é que pode assumir como traço identitário aquilo que aos extra-comunitários é vedado .  Em boa verdade, à excepção dos brancos heterossexuais não islâmicos, todos os restantes estão mais ou menos arrumados em comunidades. Os brancos heterossexuais não islâmicos são frequentemente racistas e intolerantes. Os que não cabem nessa categoria e consequentemente se arrumam numa das várias comunidades também. Mas enquanto que para os primeiros, os brancos hete

The History of Humanity

Horror ao Vazio

No início do século XVI difundiu-se em Portugal o uso do azulejo com padrões tipicamente hispano-mouriscos, produzidos em Sevilha e Toledo. A sua estética veicula o horror ao vazio . - www.museudoazulejo.pt

Baixa de Lisboa, o Subúrbio

Numa reportagem de 2015 , alguns dos habitantes da Baixa falam das suas deslocações diárias para fora da sua área de residência em direção ao trabalho, dos problemas de limpeza urbana e segurança, assim como a sua expectativa em morar em locais mais atrativos que o seu bairro suburbano: Joana Nogueira, 28 anos, foi morar para a Baixa lisboeta há três anos e desloca-se para o seu trabalho em Queluz através do IC 19. Partilha com um amigo o arrendamento de um apartamento na Rua de São Nicolau. Também ele, António Matos, tem-se de deslocar para o seu trabalho em Almada, recorrendo à bicicleta e o cacilheiro. Joana e António partilham o enorme descontentamento pelo progressivo degradar da qualidade de vida nesta zona da cidade devido ao estacionamento abusivo, falta de higiene do espaço público e mesmo  tráfico de droga. César Laia que vive na Rua dos Bacalhoeiros e também trabalha fora de Lisboa, aponta outro problema: "a abertura de lojas de fraca qualidade, sempre viradas para ca

The Rulers of The World

Tardigrades are 500 million years old and at first glance, very intimidating. They have podgy faces, eight legs, ferocious claws and dagger-like teeth. They are never more than 1.5 mm long and can only be seen with a microscope. They have been discovered up a mountain in the Himalayas, in Japanese hot springs, at the bottom of the ocean or even in Antarctica.  In 1964, scientists exposed Tardigrades to lethal doses of X-rays, alpha, gamma and ultraviolet radiation and found that they could survive. In 2007, radiation was one of the biggest threats facing the Tardigrades when they were attached to a satellite and blasted into space. After the satellite had returned to Earth, scientists found that many of them had survived. Some of the females had even laid eggs in space and the newly-hatched young were healthy. Tardigrades can tolerate being frozen to -272.8 °C, just above absolute zero. To put that into perspective, the lowest temperature ever recorded on Earth was a balmy -89