Numa reportagem de 2015, alguns dos habitantes da Baixa falam das suas deslocações diárias para fora da sua área de residência em direção ao trabalho, dos problemas de limpeza urbana e segurança, assim como a sua expectativa em morar em locais mais atrativos que o seu bairro suburbano:
Joana Nogueira, 28 anos, foi morar para a Baixa lisboeta há três anos e desloca-se para o seu trabalho em Queluz através do IC 19. Partilha com um amigo o arrendamento de um apartamento na Rua de São Nicolau. Também ele, António Matos, tem-se de deslocar para o seu trabalho em Almada, recorrendo à bicicleta e o cacilheiro. Joana e António partilham o enorme descontentamento pelo progressivo degradar da qualidade de vida nesta zona da cidade devido ao estacionamento abusivo, falta de higiene do espaço público e mesmo tráfico de droga. César Laia que vive na Rua dos Bacalhoeiros e também trabalha fora de Lisboa, aponta outro problema: "a abertura de lojas de fraca qualidade, sempre viradas para captar dinheiro aos turistas". António Matos está tão descontente com este cenário que vê como muito provável a possibilidade de abandonar a zona: "Sair todos os dias de casa e assistir a cenas decepcionantes dá-me vontade de sair…". O presidente da Junta de Freguesia anunciou a tentativa de resolver alguns problemas, nomeadamente criando mais quatro dezenas de lugares de estacionamento para residentes na Rua da Prata.
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