Skip to main content

Orgulho na Raça

António Costa definiu-se este domingo como "meio vizinho da China", numa alusão às origens indianas do seu pai e num discurso em que salientou os carateres pluricontinental do português, enquanto respondia a questões formuladas por estudantes da Universidade de Tsinghua, uma das mais prestigiadas da China. "Posso aliás dar o meu exemplo, porque sou o primeiro primeiro-ministro de um país da União Europeia que tem origem extra europeia, visto que o meu pai era de origem indiana, um país vizinho da China", declarou António Costa.

António Costa tinha acabado de dar por terminado o programa oficial de sábado, em Nova Deli, quando recebeu a notícia da morte de Mário Soares. Era o primeiro dia da visita à Índia. O primeiro-ministro tinha chegado a Nova Deli menos de 24 horas antes e tinha pela frente um programa intenso, preparado há meses com o Governo indiano, que quis dar a esta visita o carácter de visita de Estado, estatuto que, por exemplo, em Portugal só pode ser dado a Presidentes da República, nunca a primeiros-ministros. Isso quis dizer que Costa teve direito a passar revista às tropas no Palácio presidencial, a fazer uma deposição de coroa de flores no memorial de Gandhi. Este estatuto de visita de Estado foi dado ao primeiro-ministro da Nova Zelândia há pouco tempo mas não à primeira-ministra britânica, Theresa May, que visitou a Índia em Novembro. Mas mais importante: o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, iria acompanhar Costa durante todos os dias (sábado, domingo, segunda-feira e terça-feira) – apenas não o acompanha a Goa, a última etapa. E foi por causa de Modi que foi incluída no programa uma deslocação a Ahmedabad no Estado do Gujarat, de onde é natural o primeiro-ministro indiano e onde foi também governador.

Aguardamos com expectativa por receber calorosamente o primeiro-ministro António Costa na Índia, naquela que será uma visita de Estado. Será o nosso convidado de honra naquele que é o nosso emblemático evento de celebração da diáspora do país – o Pravasi Bharatiya Divas [Dia da Diáspora Indiana]. Sendo ele uma pessoa com raízes familiares na Índia, será para nós uma honra celebrar os seus grandes êxitos enquanto líder do povo português. António Costa é um exemplo do dinamismo da diáspora indiana. Como primeiro chefe de governo de origem indiana na Europa, estou confiante de que o seu sucesso será fonte de grande inspiração para muitos outros. – Narendra Modi (primeiro-ministro indiano)

Comments

Popular posts from this blog

The Domains

The building blocks required to achieve success in a business domain and differentiate the company from its competitors:  Core domains : The interesting problems. These are the in-house activities the company is performing differently from its competitors and from which it gains its competitive advantage.  Generic domains : The solved problems. These are the things all companies are doing in the same way. There is no room or need for innovation here; rather than creating in-house implementations, it’s more cost-effective to adopt \ buy existing solutions. Supporting domains: The problems with obvious solutions. These are the activities the company likely has to implement in-house or outsourced, but that do not provide any competitive advantage. Domain experts are subject matter experts who know all the intricacies of the business that we are going to model and implement in code. In other words, domain experts are knowledge authorities in the software’s business domain. T

Meaning

Of all the information that every second flows into our brains from our sensory organs, only a fraction arrives in our consciousness: the ratio of the capacity of perception to the capacity of apperception is at best a million to one. A million times more bits enter our heads than consciousness perceives. Consciousness lags behind what we call reality. It takes half a second to become conscious of something, though that is not how we perceive it. Outside our conscious awareness, an advanced illusion rearranges events in time. Our consciousness lags behind because it has to present us with a picture of the surrounding world that is relevant. But it is precisely a picture of the surrounding world it presents us with, not a picture of all the superb work the brain does. The sequence is: sensation, simulation, experience. But it is not relevant to know about the simulation, so that is left out of our experience, which consists of an edited sensation that we experience as unedited. What we

Some People

Vera was good-looking, not at all stupid, quick at learning, was well brought up, and had a pleasant voice; what she said was true and appropriate, yet, strange to say, everyone — the visitors and countess alike — turned to look at her as if wondering why she had said it, and they all felt awkward. [Leo Tolstoy (1869), War and Peace]