(Rui Ramos em O cristianismo arrancado pelas raízes e O regresso da política da fé e do sangue ) A propósito da imigração, os governos europeus insistem em imaginar indivíduos e famílias que, uma vez nos novos países, adoptariam a sua língua e costumes: em poucas décadas, os jovens sírios seriam alemães de meia idade. Esta perspectiva é um resquício do etnocentrismo colonial . Os imigrantes não são uma simples matéria-prima humana para compensar o declínio demográfico europeu. Trazem a sua história e os seus valores. Os cristãos do Médio Oriente, que representam a mais antiga das cristandades, não estão a extinguir-se "naturalmente". No princípio do século XX, apesar de séculos de discriminação e repressão islâmica, cerca de um quinto das populações do Médio Oriente ainda eram cristãs. No Egipto e na Síria de hoje, aliás, continuam a ser 10%. É essa heterogeneidade cultural e étnica que está a ser eliminada por repetidos apelos à jihad. Primeiro, houve o geno