Bárbara Reis no Público (2018) conta como Hilda Solis, primeira mulher hispânica do Senado da Califórnia e filha de pais emigrantes da Nicarágua e do México foi picada pelo mosquito do politicamente correcto ao ser a autora da moção apresentada ao comité de supervisores do condado de Los Angeles que substituiu o Dia de Cristóvão Colombo por Dia dos Povos Indígenas, o que resultou no derrube da estátua de Colombo que estava na Baixa da cidade. Solis disse: “A estátua de Cristóvão Colombo reescreve um capítulo manchado da História que romantiza a expansão dos impérios europeus e a exploração de recursos naturais e seres humanos. Minimizar ou ignorar a dor dos habitantes originais de Los Angeles é prestar um mau serviço à verdade. A remoção da estátua de Colombo é um acto de reparação da justiça que honra e reconhece o espírito resiliente dos habitantes originais do nosso condado. Com a remoção, começamos um novo capítulo da nossa História, em que aprendemos com os erros do passado.” Bárbara Reis argumenta ainda que não vale a pena discutir os ideais de “recomeçar a História” ou se aprendemos com os erros do passado. Muitos menos se Colombo “descobriu a América”. Onésimo Teotónio Almeida diz que “descobrir não significa criar, inventar. Quando a Polícia descobre o criminoso, não o inventa. Os portugueses descobriram o caminho marítimo para a Índia, ninguém diz que descobriram a Índia. São ‘Descobrimentos’ do ponto de vista europeu.”
Mas isto não é apenas uma questão de politicamente correcto, mas sim de substituição demográfica da população. Diferentes culturas têm diferentes narrativas e isso reflete-se no território ocupado. Hilda Solis não se revê na fundação europeia dos EUA e portanto está a lutar pela sua etnia hispânica. É por esta mesma razão que Portugal não irá ter um Museu dos Descobrimentos: a sua população maioritária Europeia está a ser substituída demograficamente via imigração e natalidade por populações de base Africana. Essas populações têm a visão do Descoberto e não do Descobridor. E portanto não irão querer no seu país, Portugal, que se glorifique o Descobridor e seus Descobrimentos. Isso é a narrativa de uma etnia portuguesa que está envelhecida, a imigrar e a simplesmente não se reproduzir. E portanto vai desaparecer.
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