[crítica do livro A Ideologia Afrocentrista à Conquista da História (2020), de François-Xavier Fauvelle, publicado pela Guerra & Paz] Originalmente publicado em 2009, o ensaio de François-Xavier Fauvelle sobre a ideologia Afrocentrista é, em 2020, ainda mais relevante. O Afrocentrismo coloca a nação Negra no centro da Humanidade e sua História, mesmo que para isso tenha de rescrever a mesma à sua imagem, como a invenção de um Egipto Negro. Alicerçada nas instituições dos EUA, que lhe conferem legitimidade e recursos, os Afrocentristas americanos pretendem exportar a sua nação negra para todo o mundo, incluindo África. As suas motivações não são universalistas ou humanistas, pelo contrário, são comunitaristas e segregacionistas, um nacionalismo de base étnico-racial. Fauvelle reconheceu nas recentes comunidades criadas na Internet uma base para a sua expansão, mas nem ele previu que em 2020 o complexo industrial de entretenimento e cultura dos EUA iria espalhar-se por todo o mundo
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