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Showing posts from October, 2020

Lugares

Os rituais são actos simbólicos. Transmitem e representam os valores e os regimes que tornam coesa uma comunidade. Geram uma comunidade sem comunicação, enquanto o que predomina hoje, é uma comunicação sem comunidade. Antoine de Saint-Exupéry descreve os rituais como técnicas temporais de instalação num lugar: “Os ritos são no tempo o que a morada é no espaço. Pois é bom que o tempo que transcorre não nos dê a sensação de que nos gasta e nos perde, como ao punhado de areia, mas nos realiza. É bom que o tempo seja uma construção. Assim vou de festa em festa de aniversário em aniversário, de vindima em vindima. Ao tempo falta hoje a estrutura sólida. Não é uma casa, mas um fluxo inconsistente. Esvai-se na mera sucessão dum presente pontual. Esfuma-se. Nada o detém. O tempo que foge não é habitável. [Byung-Chul Han (2019), Do Desaparecimento dos Rituais]

Samuel Paty died. For what?

French president Emmanuel Macron paid his respects at the coffin of History teacher Samuel Paty, who was beheaded for having shown cartoons of the Prophet Muhammad in a civics class discussion on free speech at the junior high school where he taught in the suburb of Conflans-Sainte-Honorine, near Paris. He was killed on his way home from work after school by  Abdullakh Anzorov, who published an image of the teacher's severed head on Twitter before he was himself shot dead by police. The president said Paty was slain "because he incarnated the French Republic." Macron gave the country's highest civilian award, the Legion of Honour, to Samuel Paty. Samuel Paty is a martyr of the secular French Republic. He died because he believed in his country and civilization. A civilization that is disappearing. His mistake will be repeated by many men and women from the West in the coming years. They will fight and maybe even die for a Civilization that is rotting and dying.

Enraizado

A Polícia de Segurança Pública, na figura do superintendente chefe Pedro Clemente, que comanda a Inspeção Nacional da PSP, ficam as palavras deixadas ao Diário de Notícias : “A perceção que temos é que o recrutamento na polícia ainda não é suficientemente representativo da diversidade étnica da sociedade. Uma polícia etnicamente diversificada é mais tolerante.” E acrescenta: “vem em linha com aquela que é a área de intervenção da polícia, os grandes centros urbanos. Com este recrutamento diversificado, quem vem para a PSP pode conhecer melhor as suas zonas de ação, não estão desenraizados, têm até uma rede de apoio familiar e sabem melhor como comunicar com a população das áreas para onde vão trabalhar.”